quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cap III³ - Terceira Parte

A Última Decisão

-Não, ela não pode Melanie,e você sabe muito bem disso,Sarah já fez sua escolha e..-Antes mesmo que eles terminassem o que eu poderia ver ocasionar em um discussão eu comecei me levantando da cama.

-Mãe,Pai,eu escolhi isso,não vou desistir afinal agora ou mais tarde terei que enfrentar isso de qualquer modo,e agora que eu já sei de tudo sei que sou capaz,afinal treino desde de pequena pra fazer isso não é?...peço apenas uma coisa,confiem em mim.-Eles se entre olharam por um momento e eu me dirigi a um espelho que ficava dou outro lado da cama,não era muito grande mais grande o suficiente para ver meu rosto,meus olhos brilhavam,eu esperava e já me imaginava caçando,isso era inevitável e perigoso,mais ao mesmo tempo parecia mais divertido do que eu poderia imaginar,eu sorri a mim mesma e meu pai continuou.

-Eu confio em você Sarah,você é minha filha e assim como eu e os outros que vieram antes de você,você honrará o que nós somos.-Eu ainda sorria a mim mesma no espelho e escutei a voz de minha mãe como uma faca afiada cortando o ar.

-Você quer mesmo isso?Sarah você é muito nova,espere mais um tempo...o que acha?-Eu a finalmente a olhei,meus olhos focavam seus olhos verdes,eu me aproximei e lhe dei um abraço sem nada dizer e então depois de passado algum tempo eu comecei a lhe dizer.

-Mãe eu sei que posso e não precisa temer,eu vou conseguir,sei que sim,e eu posso ter apenas 15 anos,eu irei fazer 16 em breve, já não sou tão nova,já está na hora de eu começar a fazer algo por vocês,e eu esperava muito que esse dia chegasse,e agora que ele chegou eu farei o meu melhor.-antes que eles pudessem interromper-Pai quando será minha primeira missão?não vejo a hora de matar aquele vampiro que estava me atormentando..-Era a segunda vez que eu dizia a palavra,sem dúvidas mais fácil do que eu poderia imaginar,os dois ainda me olhavam assustados,talvez seria a naturalidade que eu tratava os fatos.

-Ele se chama Richard e já vem nos dando trabalho a algum tempo...por que Sarah?-Ele me olhava com certa curiosidade,e eu agora olhava em seus olhos,e o sorriso em minha boca se definia em uma linha apertada mais maliciosa.

-Eu quero mata-lo pessoalmente pai,sei que consigo-Eu sorria a ele quando a minha mãe interrompeu novamente.

-Sarah espere pelo menos seu aniversário,daqui duas semana você estará com 16 anos,por favor Sarah,já perdi várias pessoas que amo,não me faça perder você filha-Ela me disse me abraçando forte e suas lágrimas começaram a molhar meu ombro,eu olhava meu pai sobre os ombros de minha mãe enquanto ela me detinha em um aperto forte,ele assentiu e eu não podia dizer não,não podia negar um pedido a ela,mesmo não gostando muito da espera eu entendia minha mãe e podia compreender o que ela estava passando,eu ainda olhava meu pai fixamente,não queria esperar mais duas semanas, eu não precisava,respirei fundo enquanto minha mãe ainda chorava em silencio abraçada a mim,eu não podia por mais que quisesse,por mais que a minha vontade fosse grande,ela me abraçava com força e me tinha sem movimento algum,a única coisa que pude fazer foi me afastar para olha-la nos olhos.

-Mãe,já que você quer assim,eu espero essas semanas,mais depois não invente algo para me impedir novamente.-Ela ainda me abraçava e agora terminava me dando beijos no rosto como agradecimento,quando olhei o relógio já se passava da meia noite,não tinha percebido que havia me perdido tanto,estava tarde da noite e eu nem ao menos cheguei a pensar nas horas que se passavam,eu sorri aos dois esperando que eles dissessem mais alguma coisa.

-Filha,seu pai e eu teremos que sair amanhã bem cedo,não iremos longe,acho que Portugal mais não se preocupe.-Não pude evitar a curiosidade que se formava em minha mente,tudo ainda era muito novo,era uma coisa que mesmo querendo eu tinha que perguntar.

-Mãe existe muitos vampiros por ai?-Disse indo abraçar meu pai com um beijo de despedida.

-Sim existe,Londres mesmo tem alguns,mais por enquanto matamos aqueles que causam grandes danos a sociedade,que matam demais as pessoas,porém todos são perigosos Sarah...então tome cuidado com isso,seu sangue é doce demais e chama muita atenção dele,bom pelo menos fico tranquila por saber se defender disso agora.-Fui até ela e fiz o mesmo.

-Intendi perfeitamente,bom até mais e boa viagem...nós nos vemos daqui uns dias,amo vocês.-Logo depois de dizer isso me dirigi a porta e sai a fechando sem causar muito barulho,eu continuava ali escutando,queria saber o que eles falariam,quando pude escutar a voz do meu pai que quebrava os segundos de silencio.

-Não se preocupe a toa Melanie,você percebeu como ela agiu antes,até mesmo aqui com a espada,sabe melhor que ninguém que muitos poucos de nós conseguimos sequer carrega-la,por trazer consigo o peso de algo que foi comprido,objeto de uma vingança,se ela fosse simples nunca teria tirado-a do lugar,eu mesmo demorei meses para fazer isso e Sarah levou dias,ela é especial e seguira um caminho diferente do nosso. Você sabe muito bem disso.

-Sim sim,claro que sei Stiven,nossa filha não é como nós,ela pode fazer coisas que nós demoramos muito para aprender,o modo de correr,de respirar,de aliviar a tensão apenas com a concentração,tudo isso vem dela,ainda me lembro como se fosse hoje quando ela nasceu...todos diziam que ela conseguiria...

-...Colocar o mundo no eixo equilibrados todos os lados e todas as espécies,isso tudo por que ela era nossa filha e...

-..Já estava previsto que ia acontecer...mas vamos parar de falar nisso,Sarah ainda não precisa saber que a missão de vida dela esta bem além dessa,pelo menos por enquanto.

As palavras se completavam,eu não precisava fazer nada,nem pensar em nada,apenas ai sem fazer barulho de lá,enquanto caminhava me perguntava se realmente estava acordada assim como a noite passada,se realmente aquilo era verdade. E eu não conseguia achar nenhum argumento ou motivo para negar ou dizer que tudo aquilo era mentira,por que não era,aquilo que havia escutada não passava da mais pura verdade. No meio ainda dos corredores eu disparei correndo até o meu quarto,não demorava tanto quando eu corria e sentia o vento como se fossemos apenas um.

Entrei em meu quarto e troquei de roupa,logo depois apenas me joguei na cama sem pensar e as lágrimas corriam finalmente pelo meu rosto,não por raiva,medo ou por que eu estava sendo forçada e muito longe de tristeza o problema era que eu acabava de fazer a última escolha para mim,por que já não restava mais nada. Entre os prantos silenciosos que se pareciam com os choro de minha mãe naquele dia eu adormeci sem medir consequências,sem ao menos pensar o que isso faria ou não. Era sexta feira e me aliviava em pensar que no dia seguinte poderia ter um descanso finalmente,não que as aulas não me interessasse,mas com tudo aquilo na cabeça prestar atenção em algo se tornava ainda mais difícil,enquanto dormia algo escuro invadiu minha mente,o sonho que nem começara se tornava um pesadelo antes mesmo que eu pudesse identificar vestígios de um sonho bom, tudo estava coberto por escuridão,agora eu não conseguia escapar dela nem mesmo enquanto eu dormia e isso por mais que eu não estivesse consciente me colocava em pânico.

No pesadelo eu me encontrava em um lugar totalmente negro,nada poderia ser visto dali,foi quando dois olhos me olhavam,eu não sabia onde eles estavam mais podia sentir que eles me observavam,quem eu não sabia,mais podia ter certeza,era um vampiro,eu não conseguia me mexer,reagir e o pânico me dominavam,a vontade de gritar e correr era imensa,ele se aproximava e foi quando eu pude vê-lo. Como sempre trazia em si uma beleza estonteante e aparentava 25 anos,os cabelos negros como a noite assim como seu olhar,ele se aproximava e eu ainda não conseguia me mexer. Foi quando ele sumiu de repente,eu olhava os lados,mais não sabia dizer onde ele estava. Sentia duas mãos frias e gélidas me prenderem por trás impossibilitando de eu as mexerem para defender,ele me abraçou calmamente enquanto ainda segurava minhas mão,ele não podia vê-lo,ele se encontrava nas minhas costas e eu não conseguia mexer minhas pernas,ele encostou os lábios frios n meu pescoço a vontade era chuta-lo,fazer algo para que isso parasse,o ódio me consumia

-Se acalme a pior coisa que pode te acontecer agora é sua morte.

Ele cravou as presas afiadas no meu pescoço e foi quando eu levantei com as mãos no pescoço. O dia já estava claro,não havia percebido isso,enquanto tinha aquele pesadelo parecia que havia durado segundos,e pelo que eu percebia agora já havia passado horas,com um impulso rápido pulei da cama,e troquei de roupa rapidamente prendendo o cabelo em um coque,ainda era dez horas da manhã de sábado,arrumei a minha cama e me dirigi a varanda,como sempre algumas nuvens faziam seus serviço de encobrir o sol,porém não tirava toda minha animação,foi quando eu escutei duas batidas na porta.


Continua...

terça-feira, 17 de março de 2009

Cap III² Segunda parte

A ùltima decisão

-Sim pai,eu ach..eu estou pronta para isso,isso já é uma decisão tomada...-Minha mãe me abraçou,não sabia por que mais ela parecia querer chorar,mais estava muito tensa para cair agora e apenas retribui o abraço,não sabia o por que mais isso parecia que eu estava indo para forca,o que de tão ruim eles escondiam de mim?o que estava atrás de tudo isso?era o que eu iria descobri agora,minha mãe me soltou e eles começaram a subir as escadas,eu estava parada ainda olhando eles sem intender muito bem,meu pai olhou para mim e pela primeira vez sorrindo.

-Vamos,temos que começar pelo início e saiba que já estamos muito orgulhosos de você Sarah.-sem dizer mais nada eu apenas os segui escada a cima,ainda tinha as mãos nos bolsos e o rosto sério ainda tinha os meus olhares frios de algum modo.

Eu segui meus pais pela casa até que chegamos ao seu quarto eles entraram ainda sem nada falarem,o silêncio era o que me consumia e me deixava ainda mais desesperada pelo que estava por vim,sem espera meu pai se sento na cama e minha mãe ainda permanecia em pé a poucas distâncias dele,eu estava parada a porta apenas esperando alguma reação,meu pai me olhou.
-Entre Sarah-Eu entrei no quarto e parei de pé a frente dele,pela sua expressão era claro,ele iria começar um interrogatório sem fim e isso eu não poderia evitar,ele olhava em meus olhos e aquilo me impedia de mentir de maneira convincente quando precisasse.


-Sarah antes de tudo farei algumas perguntas para você-Como sempre eu sabia prever as suas reações,eu não disse nada e ele continuou-A quantos anos você treina para isso?-Eu ainda o olhava e me lembrava do passado que já não era tão distante quando eu pensava nele.

-Desde dos 5 anos pai...-Eu fechei os olhos me demorando um pouco mais me lembrando como os treinamentos e o que eu fazia naquela idade era levado por pura brincadeira por mim.

-E você já desconfio por que eu e sua mãe a treinamos?-Não sabia o que dizer,a coisa mais certa agora era apenas dizer o que meus sentimentos me guiassem.

-Não pai,eu me perguntava muito isso a alguns anos,porém aceitei que mais cedo ou mais tarde eu saberia a verdade e que eu não precisaria ter pressa...Ele suspirou forte e ainda olhava em meus olhos,tirando eles dos meus ele se levantou e caminhou de encontro a espada que eu havia usado a noite passada.

-Sente-se Sarah por que agora eu lhe contarei tudo-Eu o obedeci e neste momento olhei a minha mãe que não manifestara nada com aquele assunto e as perguntas com que ele fazia e eu o respondia,meu pai suspirou fundo e ainda com os olhos focados a espada como se ele não se encontrasse mais ali ,ele estava agora em um futuro muito distante que pelo visto nem ele.

-Sarah tudo isso começou a muito tempo mais não sabemos ao certo quando,a muitos séculos atrás meu antepassado Endersen Clayderman que vivia em uma casa de campo muito distante da cidade e alegremente bem presenciou algo,ele percebeu e pode sentir que algo ou alguém o vigiava de algum modo,não demorou muito para aquilo aparecer em sua frente e se mostrar completamente,a aparência não passava de uma pessoas extremamente bonita e elegante,porém ele pode perceber e sentir que tal ser não era humano e era muito perigoso,ele se disse um viajante que precisava de um lugar para repouso,mas seus olhos traiam suas palavras,antes mesmo que elas pudesse se concluir o que dizia por um impulso súbito ele o atacou,o ser era muito ágil e por algumas vezes suas rapidez o tornava invisível..-Ele parou ainda pensando no que diria a mim,talvez com medo de me assustar ou outra coisa do tipo,ele não sabia que mais me assustaria ou me surpreenderia em tal ponto-Mas ele não esperava que Endersen fosse tão forte,nem ele mesmo sabia de tal aptidões,ele podia acompanhar sua velocidade como um filme em câmara lenta,ele o acertou usando uma espada que ele mesmo havia feito com muito carinho e trabalho,como se um dia ele soubesse que precisaria de uma,ele a talhou com detalhes magníficos a tornando única,ele conseguiu acertar o ser,porém como se nada tivesse acontecido,o ser que agora não se demostrava mais o ser educado e desinformado de uns minutos atrás tentou o matar de várias formas ...mas não conseguiu,lutaram por algum tempo,o ser estava fraco e sedento pelo que realmente os mantinham vivos...o sangue,o lugar que a espada havia sido passado ao ver de perto não era como antes do corte,havia o deixado um machucado,fino e quase imperceptível aos olhos normais,ele usava um imenso casaco preto e tampara o ferimento para que Endersen que se concentrava em mata-lo enquanto empunhava a espada não percebesse de imediato,não demorou muito para ficar perceptível pela a quantidade de sangue embora pouca não podia negar que isso o afetava,agora ele sabia que o ataque teria que ser mortal,certamente o havia afetado,vários ataques tanto a um quanto a outro se sucederam até que um deles caiu ao chão incapaz de lutar mais por sua vida,se pode-se se dizer que aquele ser fosse mesmo algo vivo,a espada contia algo que o feria,mais não era direto,era algo que demorava para efetivar o efeito,antes que o ser pudesse morrer Endersen caiu ao chão morto,na tentativa de matar o ser se machucara e o ferira muito e infelizmente ele não era tão resistente ou tão forte,ele morreu deixando o ser em sua frente agonizando pela terrível dor de cada ferimento que trazia pelo corpo todo...-Eu escutava cada detalha para que não perdesse nada explicado porém não podia negar,aquilo era tão cansativo como qualquer outra aula que eu tinha,mas eu ainda sim ouvia e prestava absoluta atenção-Ele deixou a mulher e o filho que o viu o estirado ao chão segurando consigo a espada,ele trazia consigo vários arranhões e cortes,o filho de 10 anos jurou que um dia se vingaria,neste momento o ser já havia fugido,porém muito mais desabilitado do que imaginavam,Antoni seu filho sabia que assim como ele possuía sede de vingar a morte de seu pai a criatura voltaria para vingar-se de tal danos infligidos,ele passou anos treinando e aprimorando o que o pai o havia deixado deixado de herança,sua velocidade,agilidade,inteligencia,visão,força e espirito,quando o filho já um jovem que havia perdido esperanças de encontrar o ser novamente e detê-lo se decaiu em profunda escuridão por pensar que nunca cumpriria a promessa que viseira ao corpo estirado morto ao chão do pai,ele havia adicionado a espada várias outras coisas e reforçada, sua essência principal a prata que cada ano se tornava mais pura e reluzente clamava o sangue daquele que matara seu verdadeiro criador,foi quando em uma tarde fria e cheios de nevoeiros apareceu o mesmo ser ,ele se hesitar e sem dar-lhe ouvidos empunhou a espada,com movimentos rápidos o partiu em pedaços com sua força,a espada cortou as partes vitais que são as mesmas quando se ataca uma pessoas normal com intenção de matar e o ser sangrou e agonizou novamente,mas desta vez era seu corpo que estava estirado ao chão,porém ele sabia que no mundo aquele não era um único,haviam muitos mais seres como aquele e ele não estava satisfeito com a morte de apenas um,sabia que muitos morriam por causa da existência deles,Sarah pode concluir o que é exatamente era o ser que te perseguia?-Ele me perguntou,tinhas minhas deduções mais nunca apostaria nelas,mais era a única teoria que eu tinha no momento,ainda recém arrancada da história me obriguei a pensar um pouco na pergunta que ele havia me feito,teria que ser uma resposta satisfatória mesmo que ela parecesse loucura.

-Bonito,rápido,sede de sangue,encantador,sedutor, pai parece loucura o que eu direi,mas isso parece coisas de lendas e mitos que não existem,sabe...essas são qualidades dadas a vampiros,seres fictícios que escritores recorrem para se tornarem famosos,afinal Drácula de Bram Stockler,Anne Rice,Stephanie Meyer como poderia ser verdade?cada um coloca um vampiro da forma que o imagina ou o vê,isso é loucura demais...-Era tudo que eu tinha e eu mesmo me questionava,isso era loucura demais para chegar a menciona-la,mas era a única coisa que eu tinha,eu ainda permanecia sentada,olhando meu pai que ainda permanecia com o olhar fixo na espada pregada na parede,minha mãe me olhava com um rosto que eu nunca a vi tão assustada.

-Pensei que não acertaria mais eu estava enganado-Ele disse segundos depois.

-Eu e-estou certa?-Como seria possível?pensava comigo.

-Sim Sarah está,é exatamente eles que caçamos,hoje temos outros recursos para mata-los muito mais eficientes,mas sim é a mais pura verdade.-Por mais que eu não quisesse aceitar era como eu sempre tivesse essa informação,não estava assutada,mas ansiosa pelo que viria pela frente,sentia meu sangue ferver,meu coração bater mais rápido,quando senti as mãos de minha mãe em meu ombro,eu sai dos devaneios em que eu me encontrava e a olhei,seus olhos marejados,eu esperei para que ela falasse.

-Sarah se não quiser pode desistir,não nos importaremos...-foi quando eu ouvi a voz cordial de meu pai a interrompendo ainda no mesmo lugar que estava.

Continua...

sexta-feira, 6 de março de 2009

Capítulo III -N.B.L

A Última Decisão


Estava perto de casa,e não havia parado de correr,agora para os outros eu era apenas um vulto em meio a densa escuridão da noite,a agilidade me favorecia,mas não era grata e nem sorria por isso,eu não ligava mais para isso,segurava com as minhas forças as lágrimas,não iria chorar,não como antes,a raiva de não saber,isso me consumia,me sentia totalmente sozinha e vulnerável agora,como se qualquer um pudesse simplesmente me matar,ainda restava a coragem,não muito mas o que ainda havia sobrado depois de pensar em tudo isso,seria o suficiente para lutar e vencer,e eu apenas tinha certeza disso.

Faltava apenas um quarterão,podia ver a minha casa dali,os muros enormes,as cercas e os alarmes eu estava correndo,para um lugar que agora seria o fim do mundo-Do meu mundo-Eu corria para minha prisão sem saber se sairia de lá tão cedo,eu senti um vento mais forte,pude sentir que ele...o que me perseguia estava perto,mais perto do que eu podia imaginar,ouvi o seu riso se divertindo com tudo isso,mais não virei para olha-lo,o que quer que fosse morreria e seria por minhas mãos,pela primeira vez teria a coragem de matar,sem piedade,eu já havia aceitado e me transformado,me fechado mais ainda e meus olhos talvez nunca demostrassem algum sentimento novamente,eu sabia disso,e eu me entristecia ao saber disso,mas já era tarde demais,tarde demais para retomar tudo,não era a mesma e nunca mais seria-Não a partir desta noite,não a partir de alguns minutos atrás,a mudança começava agora e a frieza era apenas o começo de tudo-Se isso seria o modo mais fácil ou não,apenas eu saberia,e como todas as outras coisas eu não tinha a resposta neste momento.

Agora eu estava poucos metros da minha casa,corria sobre os muros finos das outras casas,nunca corri tanto para encontrar uma coisa que eu não queria,foi quando um vulto na mesma agilidade que eu me perseguia mais visivelmente do que antes,eu não pararia mais sabia que não precisaria disso,até por que ele tentaria me parar e se eu estivesse certa tentaria me matar,mas ele não sabia que eu poderia mata-lo antes que ele pudesse perceber,agora a vontade de matar alguém era absoluta em mim,eu queria que isso passasse,que desaparecesse,mais eu já havia entendido que assim como as outras coisas isso não passaria tão facilmente.
Faltava pouco,em menos de dois míseros minutos eu estaria em casa,mais esse tempo parecia não passar,e eu continuava a correr. Sem nenhum esforço apenas pulei de um muro ao chão em frente ao portão da minha casa,não queria usar chaves,eu não precisava delas e para agora apenas iria garantir que o que estivesse atrás de mim me matasse ou não.


Distanciando-me do portão apenas olhando o enorme muro da minha casa,deveria ter três metros ou mais,nunca havia parado para contar isso,apenas subi o muro,sem ao menos usar as mãos,era fácil para mim,era como andar normalmente quando subia um morro,só que mais rápido e a força que usava para conseguir não era nada perto da que eu poderia fazer,quando queria e tinha vontade,pulei a cerca elétrica que ficava obre o muro facilmente,sem ao menos perceber já estava no grande jardim da minha casa,eu poderia me tranquilizar agora,pelo menos era isso que eu pensava,eu sabia que aquela coisa que me perseguia não entraria aqui hoje,meus pais estavam em casa e ele não ousaria fazer isso.

Apenas ouvi o mesmo riso e uma frase

-Chegará um momento que você estará sozinha,e sem lugar para fugir e ninguém para te proteger,eu esperarei,sou muito mais paciente do que imaginava,e quando essa hora chegar será sua morte e pode ter certeza disso,eu anseio a sua morte assim como você ansiava a minha morte a alguns momentos atrás,me decepciona saber que este sentimento esta passando,quero ver isso em seus olhos quando a sua morte chegar,será minha vingança. Só estou lhe avisando que você não deveria ser desta família,pode se perceber que nunca nasceu para isso por mais que tente se convencer,espero que pelo menos seja divertido,pois sua morte será a melhor para mim e a pior para você.

Estava distante,as palavras pareciam mais uma canção que uma ameaça e um aviso de morte,ele estava do outro lado do muro enquanto eu continuava andar em direção a casa,aquilo poderia parecer ruim,ouvir que alguém forte queria me matar e me torturar,mas para mim também seria divertido por que quando eu o encontrasse o o mataria antes mesmo que ela pudesse fazer algo contra mim,eu já havia escutado esta voz,e não era só em meus pesadelos onde ela ecoava,era na realidade,a noite passada.

Como eu sabia agora era certeza,ele não havia morrido,me lamentava por que eu não havia conseguido mata-lo naquele momento,mas sem dúvidas agora eu tinha um desafio e isso me animava,enquanto eu andava apenas consegui sorrir ao pensar nisso respondi usando uma voz baixa que eu sabia que ele poderia ouvir.

-Alguém morrerá mas você está errado...eu o matarei nem que seja a última coisa que eu faça...você não deveria me subestimar de tal forma,os que aparentam fraqueza são os que devem ser mais temidos...a sua expectativa esta bem diferente da minha,eu o caçarei mesmo que minha vida esteja em jogo,agora será questão de orgulho.

Eu dizia tudo isso em uma voz calma e tranquila,não sabia de onde isso vinha,mas se eu continuasse a mesma de quando eu havia me levantado esta manhã agora estaria com medo,e desta vez eu não sentia nada deste tipo,pelo contrário a certeza me consumia,enquanto eu andava calmamente até a porta da minha casa atravessando o jardim,pude ainda ouvi-lo mesmo já estando metros de distância do portão,ele deu uma risada

-veremos -Disse ele por fim,eu não falei mais nada,já sabia que ele não estava mais ali,eu poderia sentir,apenas cheguei a grande porta a da mansão onde eu morava,sem esperar um segundo girei a maçaneta da porta e olhei em frente.

Meus pais estavam ali me esperando em frente a escada junto com Lya e Kevin,eles me olhavam sérios e assim eu os encarava também,meu pai era alto 1,95,seus cabelos eram um castanho escuro que ao luar pareciam preto,seus olhos eram castanhos assim como os meus,o seu cabelo liso caia em seus olhos,ele tinha apenas 35 anos e ainda estava tão bem quando um homem de 25,parecia que ele fazia academia sempre,sua pele era branca mais não tanto quanto a minha,por mais que estivessem sérios eu poderia ver atrás daquela máscara atual que me encarava todos os dias desde de criança. Por alguma razão ele estava orgulhoso e seus olhos me diziam isso por mais que o resto poderia dizer que eu poderia estar encrencada meus olhos seguiam a cor dos seus e se tornavam iguais quando eles se encontravam mesmo por frações de segundos,mesmo sem muito contatos e brincadeiras tive momentos maravilhosos ao lado dele, Stiven Clayderman era mais do que os outros conheciam,sob aquele terno preto com risca de giz que sempre usava e sua gravata azul marinho algo me dizia que apenas eu sabia disso,a única que ele não escondia nada nem se quisesse e lutasse para isso.

Ao lado dele,minha mãe ,linda como sempre e parecida comigo,os cabelos castanhos em tons de marrom,sua pele tão branca quanto a minha,mas os olhos eram verdes e sinceros por mais que ela estivesse séria,ela vestia um conjunto jeans impecável comparado a uma mulher de negócios assim como o meu pai,seu cabelo estava presos em pequenos cachos e ondulações,o seu corpo esbelto como sempre,não parecia minha mãe,por mais que parecêssemos sempre achava que ela fosse mais bonita,daria inveja a qualquer mulher,ela era apenas poucos anos maus nova que meu pai 32,eles não pareciam ter a idade que aparentavam,muito mais novos,por último olhei Kevin e Lya e encostei a porta,aquele havia se passado em questão de segundos,eu apenas coloquei as mãos nos bolsos da jeans e caminhei tentando parecer despreocupada em direção a eles,meus olhos que por mais que felizes brilhavam um pouco do frio de alguns instantes atrás os focavam para talvez tentar ao menos desvendar suas reações-Sabia que isso não iria adiantar,quando eles me esperavam de tal forma tinha medo do que poderia ser-Mas segui até que eu estivesse bem a frente deles,com os olhos frios ainda os focando,mantendo eles em minha visão,tentava manter minha cabeça e meus pensamentos no que eles poderia falar.

Foi meu pai que começou

-Estamos preocupados com você Sarah..-Ele me olhava fixamente,de um modo impossível de se desviar
-Pensamos que algo tivesse ocorrido a você..-Minha mãe começou e meu pai a olhou fazendo a parar e esperar,eu olhava eles fixamente procurando um modo ou uma desculpa normal,Kevin e Lya apenas me olhavam sem nada falar.


-E não adianta pensar que alguma desculpa irá nos convencer,Sarah você esta mesmo preparada para assumir e saber o que realmente somos?você não acha que é muito nova? Esta realmente disposta a largar tudo por isso,mesmo sabendo que depois de revelado não poderá voltar atrás?...apenas me responda,está realmente pronta para isso?-Por essa eu não esperava,essas eram as perguntas sem respostas que fazia a mim mesma alguns segundos atrás,e eu já havia decidido,sem escolha ou opção de ajuda,isso chegaria e me perseguiria mesmo se não fosse agora,chegaria o momento que eu teria que aceitar e ouvir,e condenar o meu futuro...ou talvez não,meus punhos se fecharam mais eu continuei a olha-los .

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Continuação do Cap II²

Uma Nova Escolha


Já estava entardecendo,o sol se punha no horizonte,e eu não podia vê-lo,era uma das horas que eu mais apreciava,mas adorava e admirava. O crepúsculo,o sol se punha devagar deixando as nuvens em seu redor alaranjadas,mas isso também me deixava completamente desanimada,sabia que o sol brilhava intensamente em outros lugares que por mim demoraria um pouco para conhecer.

Ele estava opaco,não um lugar onde havia um espaço para apreciar o momento,ele estava escondido como se estivesse a espreita esperando as nuvens passarem para que eu pudesse aprecia-lo,era horrível, ainda sonhava em ir ao um lugar onde o sol brilhasse intensamente o céu ao entardecer seria limpo apenas dando espaço pelo contraste,as nuvens pesadas estragavam o momento,era difícil vê-lo sob as nuvens,ele iria se por e eu não podia fazer nada a não ser me conformar com as nuvens e as chuvas.

Estávamos indo ao Shopping que ficava poucos quarteirões da escola,era bom sair um pouco sem Kevin ao meu lado,me sentia como se eu estivesse realmente livre naquele momento,o pior era pensar que logo isso iria terminar e eu voltaria a tudo novamente,entramos no Shopping,por alguns instantes tive a mesma sensação,a que mais me incomodava,era como eu sentisse que alguém olhava pra mim,procurei manter a calma não seria nada de mais.

O Shopping estava cheio como sempre,ele era pequeno comparado a outros,tinha apenas quatro andares,mas não deixava de ser um ponto que nunca ficava vazio a não ser quando ele fechava,eu ia acompanhando Cody e Asheley entre as lojas,não queria compras roupas mais sempre dava opiniões construtivas sobre uma calça ou uma blusa,conversava com eles e mal via as horas se passarem ali,estava distraída demais com a liberdade.

Depois de algum tempo resolvemos para comer algo na praça de alimentação no último andar do Shopping,compre um sandei para mim e me sentei na mesa para espera-los enquanto faziam seus pedidos,eles olhavam para mim sorrindo mas de uma maneira estranha como se eles tivessem medo que eu saísse correndo e deixa-los para trás,por mais que eu não quisesse estar ali eu não faria isso com os meus melhores amigos,eles se sentaram a mesa ainda esbanjando o mesmo sorriso,com suas bandejas de hamburguês e outras coisas mais,Cody olhava para mim e para o Sandei como se algo estava o intrigando.

-Você tem medo de engordar Sah?-Fazia muito tempo que ele não me chamava assim e eu estava feliz por isso,isso significava que ele estava sendo sincero e que ele realmente estava muito feliz por isso,apesar que era fácil perceber apenas como os olhos dele brilhavam por eu estar ali,eu retribui o mesmo sorriso.

-Sim eu tenho que manter o peso,mas não é apenas por isso,também estou sem fome,apesar que eu acho que isso..-Levantei o sandei para eles ainda sorrindo-Engorda mais que qualquer outra coisa.-Os dois riram e eu os acompanhei.

-E então o que está achando do passeio?tem certeza que vai sair daqui sem comprar nada?-Asheley me perguntou sorrindo.

-Estou adorando o passeio-Menti para agrada-los,mas a verdade alguma coisa estava me atormentando e eu não sabia o que era,mas tentava me manter mais verdadeira possível-E eu não vou comprar nada...não estou precisando de nada.-sorri a ela-Mais caso eu mude de ideia eu lhe aviso.

Passamos alguns segundos ali conversando e rindo tranquilamente,enquanto descansávamos e comíamos,terminamos e os dois se levantaram indo em direção a lanchonete par a comprar mais um suco,foi a primeira vez que senti aquilo,ao vê-los se afastarem de mim.

Um vento frio,uma leve brisa passou por todo meu corpo fazendo os pelos dos meus braços se levantassem,uma impressão ruim como eu nunca havia sentido antes,era como se eu estivesse totalmente vulnerável ali,como se algo pudesse me matar,como se algo ansiasse o meu sangue e a minha morte,e não só ela mais como se eu soubesse que se isso fosse realmente acontecer meus amigos também não sobreviveriam a isso.

Não foi como sentir os outros da escola me olhando sempre,desta vez era pior e eu não sabia de onde vinha,eu teria que me manter concentrada de qualquer forma,depois de não querer pensar em tantas coisas eu tinha uma nova escola em mãos,e se esse sentimento fosse real,tinha que escolher uma coisa que não tinha outro modo.

Eu tinha que me afastar dali,assim poderia pensar com clareza,usar tudo que eu havia aprendido,eu não podia continuar ali,não em um lugar lotado de pessoas,não perto dos meus amigos,seja o que fosse aquele ser ou o que me vigiava não poderia saber que eu sabia,eu o havia notado agora eu tinha que pensar em uma perfeita encenação,senti por poucos momentos meu coração acelerar e o medo escondido na noite passada tentar me evadir,mas ele não conseguiria,venceria o que quer que seria aquilo.

Antes mesmo de Cody e Asheley voltarem a mesa eu estava com o celular em mão,agora tinha que ser convincente,esperei para que eles estivessem perto para ouvirem e comecei.

-Kevin mas...-Fiz uma cara de desanimada-Ok tu bem bem,eu já entendi,já estou indo...tchau – Desliguei o celular e olhei eles ainda com a mesma expressão.

-Você já vai ter que ir?-Disse Cody com a voz desanimado.

-Sim...infelizmente-Respondi.

-Então vamos te levar pra casa,afinal prometemos-Asheley continuou,por essa eu não esperava mais eu já sabia de um modo,me levantei.

-Não precisa ,podem ficar e se divertirem,Kevin já esta me esperando no carro do lado de fora do Shopping e se eu me atrasar ele vai entrar aqui e me levar a força-Falei no tom mais desanimador possível.

-É eu sei como ele é...nós sabemos-Cody expressando a mesma cara de tristeza que eu.
-Não quer que te levemos a porta Sah?-Asheley me olhava,ela também estava tão decepcionada com a minha ida assim como Cody,peguei minhas coisas.


-Não precisa,bom se divirtam e amanhã me contem todos os detalhes ok?tchau e beijos te vejo amanhã-E sai antes mesmo que eles pudessem responder,sabia que tinha que estar em casa bem rápido,a sensação não havia passado durante os minutos que eu conversava com Asheley e Cody e eu sabia que isso estava me perseguindo.

Consegui sair do Shopping,não havia percebido mais eu já estava correndo,minha casa não ficava muito longe dali,e eu sabia de um atalho não muito bom,mas minha única chance...Depois de sair do Shopping e correr ao longo da rua virei em direção ao um beco sem saída,minha intenção não era andar pelas ruas,eu já tinha me especializado nisso, pular dos telhados adiantava alguma coisa,corri até o fim do beco e subi rapidamente as escadas de uma casa com laje,para mim tudo se passava muito lento mas se alguém me visse se surpreenderia com a agilidade e rapidez que eu possuía.

Subi o telhado,ali quase todas as casas tinham o mesmo nível e todas eram de laje,e elas não ficavam muito longe uma das outras,já havia corrido um quarteirão para longe do shopping,para minha casa eu teria que passar por uns cinco,mas isso não seria problema,sem esperar mais nenhum segundo começo,pego uma distancia e coro pegando impulso,assim no momento certo dando o salto e caindo com perfeição ao outro lado.

Se alguém me visse ali era fácil me livrar,eu era apenas uma garota que gostava de praticar Lê Pakour a noite para chegar em casa e nada de mais,ou de estranho,fui fazendo isso até que eu já podia notar,tinha passado um quarteirão,chegando a rua que o separava,se alguém que não conhecesse tão bem Londres como eu nunca teria visto um jeito de pular.

Eu parecia mais um mapa quando a questão era a cidade,andei pelo mesmo telhado da casa até chegar em um ponto onde um mastro esticado ali dava acesso a outra casa,ele era fino e no escuro era quase impossível nota-lo,mas não impossível para mim,não iria demorar muito até que o que estava me observando aparecesse,e eu tinha que chegar em casa antes que isso acontecesse,desta vez nem a espada antiga dos quartos do meus pais estava ali,e isso era péssimo para mim e de certo muito divertido para quem estava me perseguindo.

Por mais que eu soubesse,que eu tentasse até hoje não sabia o que eles eram, sabia que eu era treinada para seguir o legado da família mas o que eles realmente perseguirão?...Eu apenas fingia saber,meus pais sabiam que eu teria que ter a idade certa para saber e por isso seguia as regras sem ao menos saber o por que de tudo isso,sabia que eles matavam,que eles eram perseguidos,que eles corriam riscos de perderem suas próprias vidas,pensei tanto nisso tentando descobrir o que era me escondendo para descobrir mas tudo em vão até que eu desisti.

Se esse era o meu destino teria que enfrenta-lo cedo ou tarde,em algum momento,mesmo que eu não estivesse preparada essa hora estava perto e nada mudaria isso,logo eu saberia o que realmente eles eram,me lembrava das noites em claro chorando por isso,meu destino...agora mais do que nunca ele estava perto e eu não poderia o mandar embora como as lágrimas,pensava nisso ao atravessar o mastro como uma equilibrista em cima de uma corda bamba...Não via mais nada a minha frente,agia por impulso,por hábito,não mais por consciência...estava perdia demais pensando,me torturando com a falta de conhecimento,sabendo que depois que eu soubesse exatamente o que os meus pais enfrentavam-O que estava destinado a mim- não teria volta e eu sempre soube disso.

Agora eu corria pelos telhados das casas,corria de quem estava me perseguia,corria para os braços da verdade,para o meu destino,para minha sina,deveria estar triste?ou infeliz?-Pois eu não estava,como sempre a coragem me acompanhava nestes momentos solitários-Pelo menos isso eu tinha ao meu lado,talvez não só isso,tinha esperanças de que eu pudesse fazer diferente seguir o mesmo caminho-Coisas que não aconteceriam jamais.

O som do vento mudando,do meu coração e respiração...totalmente alterados,assim como a noite escura e sem lua ou estrelas,eu estava sem luz e sem motivação,mas mesmo assim eu corria sem olhar para trás,mesmo sentindo e sabendo que nada seria o mesmo,agora eu dizia adeus ou um até logo a mim mesma,a parte de mim que um dia teve esperanças de ser uma garota normal,sabia que isso não era e nunca foi possível...não pra mim,eu havia escolhido o dever de seguir o legado de família e condenado minha alma a apenas isso,para sempre-Neste momento era a única coisa que eu conseguia pensar e já não estava tão convicta que eu sabia de tudo,por que agora meus fingimentos foram revelados e eu não tive chance de ao menos inventar uma boa desculpa para isso,por que agora nem a verdade parecia tão certa como antes.


Continua...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Continuação Cap II

Uma Nova Escolha

Em nossa sala havia um garoto moreno,com a pele com um pouco de espinhas,os olhos tinham o mesmo tom que os dela,eu não tinha muita certeza sobre o seu nome,ele era magro e tinha mais ou menos a minha altura um e setenta e poucos pelo que parecia ao meu ver,cabelos enrolados e curto em um tom escuro,eu conversava muito pouco com ele,mas parecia muito legal,e como todos os meninos ali era muito bonito,o primeiro dia de aula quando eu o conheci,ele veio me perguntar se eu precisava de ajuda enquanto Asheley e Cody não haviam chegado na sala,eu disse que não precisava e agradeci,depois daquele dia apenas trocávamos um oi, e nada mais.
Eu pude perceber que ele estava gostando de mim e por esse motivo resolvi me afastar,com o passar do tempo pude perceber que Megan era apaixonada por ele,e ele não queria nada com ela,isso até poderia perceber,eu sabia que ela havia colocado em sua mente que eu era a responsável por Matthew Lewis não gostar dela,eu não podia fazer nada se o menino me achava legal ou interessante,eu tentava deixar claro que eu era uma garota que não namorava e tentava ficar o mais distante de algum tipo de relacionamento.


Estava perdida pelos meus pensamentos quando escutei o sinal tocar,a próxima aula era física,a sala se dividia nas aulas de física e química,os professores Benjamin de física e Adam de química,pequei meus materiais e olhei para Asheley e Cody antes tirando a blusa e a amarrando na cintura.

-Até mais a gente se vê-Antes que eles pudessem responder eu sai porta a fora para a próxima aula no meio de todos aqueles alunos cada um se dirigindo para sua aula eu desci as escadas um pouco apressada com a mochila indo para a sala,chegando a sala 9 eu apenas coloquei as coisas em cima da mesa onde eu me sentava mas ao centro da sala.

Abri os cadernos que eu segurava para folhear apenas esperando que o tempo passasse como sempre,estava concentrada e não percebi quando alguém parou em frente a minha mesa da minha mesa,não me assustei mas estava prestes a tomar outra reação como atacar ou outra coisa do tipo,eu ergui os olhos lentamente e vi que era um mesmo garoto das aulas de literatura , Matthew sorriu levantei e eu olhei em suas mão uma blusa de frio idêntica a que eu estava usando,rapidamente levei as mão a cintura e entendi,aquela não era parecida era a minha blusa,ele sentou ao meu lado e colocou a blusa em cima da minha carteira.

-Obrigada-Eu disse ao vê-lo sentando ao meu lado

-Não foi nada,percebi que você havia deixado cair e a peguei para te devolver-Ele sorria a mim,como se aquilo tivesse sido a desculpa perfeita para que nós conversássemos,eu rezava para que o professor chegasse e começasse a sua aula ,ao ver ele me sentei novamente no mesmo lugar.

-Obrigada de novo-Eu não sabia o que falar,então apenas agiria naturalmente com ele
-Faz tempo que não conversamos,como andas as coisas?-Ele perguntou para mim,neste momento o professor Benjamin entrou a sala,nunca fiquei tão feliz em vê-lo ,eu me virei e apenas respondi sem olha-lo


-É mesmo faz algum tempo,e tudo esta muito bem e você como tem passado?-Perguntei casualmente para terminar o assunto com a resposta dele.

-Está tudo bem também-E como eu sabia o professor começou a aula,não teve mais como abrir um dialogo ali,e eu como antes apenas rabiscava o caderno esperando o tempo passar,no fim da aula ele abriu sua pasta tirando as provas da semana passada.

-Bom turma vou entregar as provas-Ele foi distribuindo um a um,quando vi que ele estava demorando demais para entregar a minha,levantei os olhos e percebi que faltava apenas uma prova,e essa era a minha.

Ele caminhou até a minha carteira e me olhou sério,logo depois abriu um sorriso de satisfação e me entregou a prova,antes que eu pudesse olhar ele disse em um som alto e claro
-Parabéns Melhor nota da sala Senhorita Clayderman-Eu olhei a prova e percebi que havia tirado nota máxima,era difícil até para mim acreditar,essa era a primeira prova que eu acertava tudo no ano.


-Obrigada-Agradeci a ele e guardei a prova,o sinal tocou,eu sai rapidamente da sala,não queria que Matthew viesse conversar novamente,como sempre eu me ficava afastada de todos.

As próximas aulas que caminhavam para o horário do intervalo passavam devagar demais,e tediosas e horríveis como sempre,quando sinal bateu guardei meus materiais como sempre após cada aula,coloquei a minha capa de chuva e fui para o refeitório,Cody e Asheley como sempre me esperavam na porta,eu sorri amigavelmente até encontra-los debaixo da cobertura seca,depois de atravessar o pátio de baixo dos chuvisco da chuva.

-Olá-Disse a eles já entrando no refeitório.

-Oie-Disse Cody todo animado,pude perceber de imediato,sem esperar mas olhei Asheley
-O que aconteceu?-Sorrindo olhando ele indo mas a frente de maneira que ele não pudesse nos ouvir.


-Ele tirou nota máxima nas provas que fizemos semana passada,você sabe como ele fica quando ver que está se saindo bem na escola -Ela disse feliz por ele.

-Sim eu sei-Sorri,não estava com muita fome,apenas peguei uma maça e um suco,e nós dirigimos a nossa mesa,como sempre desde o primeiro dia,sentávamos na mesa do canto,um pouco afastada dos outros,eu amava isso,era um dos poucos momentos que eu poderia falar e conversar sem ficar o tempo todo alerta para perceber se alguém poderia ouvir ,mas isso não quer dizer que eu simplesmente relava e parava de prestar atenção,precaução nunca era demais.

Eu podia ouvir mais do que qualquer pessoa ali pudesse imaginar,comia devagar pensando n o que teria que fazer quando chegasse em casa,eu ainda tinha um assunto pendente,fui arrancada dos meus desvaneio novamente quando Asheley perguntou para mim alguma coisa que não havia intendido direito,mas não iria demostrar isso,fingiria estar totalmente atenciosa sobre suas palavras,decidi tentar algo para ver se eu pudesse ao menos saber e deduzir qual era o assunto
-Sair?-Eu perguntei a ela normalmente como qualquer outro,tomara que eu estivesse certa por que se estivesse errada não queria ouvir o que ele me diria depois.


-Sim,eu você e o Cody-Continuo ela.

-É Sarah vai ser legal você nunca sai de casa-É eles tinham razão mas eu não podia mesmo se quisesse.

-Sinto muito,mas não vou poder, vocês sabem como são meus pais-Para eles meus pais eram rígidos sobre sair de casa então eles preferiam que eu ficasse lá,mas eles não sabia que eles eram mais rígidos do que pareciam ser.

-Os seus pais também,eles querem que você viva trancada?-Perguntou Cody um pouco irritado .

-Sim é o que eles acham-Disse de um modo que qualquer um acharia tristeza e perceberia isso,mesmo que eu não estivesse certos momentos tinha que fingir,Asheley olhava para mim e parecia que ela estava tramando algo,de qualquer modo aquilo não me agradava em nada,ela se aproximou mais colocando seu corpo mas a frente e sussurrando.

-Mas ninguém precisa saber que você irá sair,fuja escondido-Era o que eu temia,se eles conhecem os meus pais veriam que isso era impossível,até mesmo para mim,eu arregalei um pouco os meus olhos.

-Nunca Asheley se eles descobrirem eu vou estar morta,não,nem tente,eu não irei fazer isso-Mesmo se eu quisesse eu não podia fazer isso,Asheley me olhou com a cara fechada mas Cody continuava sem expressão ainda sem conseguir esconder um pouco do sorriso que esbanjava em seu rosto pelas notas das provas,ele não se demorou muito.

-Ela tem razão Asheley é errado fazer isso e você como todos nós soubemos aqui esta não é a coisa certa a fazer-Eu não transparecia estar sentindo nada mas sorri ao escutar Cody,ele tinha razão.

-Já que não tem outra escolhe teremos que ir só nós dois-Asheley disse olhando Cody,ele demostrava não estar mais animado com a idéia de ir,ele demonstrava no rosto que queria que eu estivesse lá também.

-É me desculpem-Eu disse por fim olhando os dois e fazendo que eu parecesse desanimada sobre isto.

Como pensava o sinal tocou me fazendo pular da cadeira esperando os dois que saim devagar,eu os segui até que estivéssemos longe do refeitório,a nossa próxima aula era juntos novamente,Espanhol e por fim terminando com Educação Física.

As aulas em si, passaram rápido demais para eu perceber o quanto de tempo fiquei olhando as folhas em branco na aula de espanhol ou o tempo que fiquei parada no canto da quadra enquanto as outras meninas jogavam Handebol,vôlei ou outra coisa poderia até ser mais eu havia adquirido um trauma sobre Handebol,me lembro perfeitamente,eu devia ter uns 7 anos e era a goleira do time,era até boa ,tirando quando a escola entrava em interclasse e nós pegávamos uma sala superior,era difícil não sentir dor das boladas que eu tinha que me colocar na frente tudo para deixar a turma um pouco feliz.

Estava in do tão bem,até bem demais,passamos as preliminares e conseguimos chegar nas semi finais-Eu ainda me arrependo profundamente disso-Pegamos uma sala 3 ano mais velhas,o começo eu defendi algumas bolas deixando apenas uma passar,minha amigas me apoiavam e ia tudo bem,foi quando uma menina enorme pegou a bola,e eu já tinha visto o fim da minha carreira de goleira,e ela vinha em minha direção,a única coisa que pode fazer é colocar as mão para frente ,mas isso já era tarde,a bola vinha em minha direção-Uma bolada na cara-fiquei um pouco zonza e não me lembro se cheguei a cair-Eu queria ter apagado esse ocorrido da minha memória-Só me lembrava que depois disso nunca consegui ficar confortável novamente em baixo de uma trava,principalmente nesse tipo de jogo.

Isso tudo havia acontecido por que meus pais achavam que eu estava indo bem demais e como sempre eles achavam que ir muito bem em algo chamaria muitas atenções para mim mesma e isso traria complicações,mas tinha muito o que pensar do que ficar relembrando o passado.

Ao sai da escola naquele mesmo dia me surpreendi que Kevin não estava me esperando como sempre,ao lado da Mercedes,em frente a escola,não sabia por que mas ele estava atrasado,ele nunca tinha feito isso,eu estranhei um pouco,olhei os lado para ver se ele estava em outro lugar e eu por algum momento pode perceber,ele realmente não estava lá,antes mesmo de notar isto Cody e Asheley já estavam ao meu lado,eles me olhavam ansiosos e assim como eu procuravam Kevin,Cody foi o primeiro a falar.

-Hei parece que o seu segurança não vem hoje-Disse ele sorrindo maliciosamente.

-É Sarah parece que tudo esta colaborando para você sair um pouco com os seus amigos-Eu olhei os dois.

-Não! Kevin teria me avisado se ele não viesse,eu vou esperar aqui-Olhei os dois ,e comecei a observar com atenção os carros que passavam por ali com a esperanças que Kevin aparecesse entre eles.

-Sarah as vezes acho que é você que não gosta de sair e por isso fica inventando desculpas para isso-Asheley disse entristecida e isso me matava e me afetava mas que ela pudesse imaginar.

-Vamos o que custa?-Olhei Cody.

-Cody pensei que você estivesse do meu lado-Falei sem olha-lo,estava com raiva,mas não queria demostrar isso.

-Eu...eu estou Sarah mas o que a Ash disse tem um pouco de razão-Eu os olhei.

-Vamos Sarah,sua casa nem fica muito longe,e nós podemos te levar lá-Completou Asheley
-Se eu tivesse apenas certeza que o Kev...-Nesse momento o celular tocou,eu o peguei imediatamente e levei ao ouvido.


-Alô!

-Oie Sta Clayderman,desculpe aqui é o Kevin,sinto muito mas não poderei busca-la o voo de seus pais se adiantou e eu tive que vir pega-los,você pode pegar um taxi..-Esperei que ele desse uma pausa para que ue pudesse responderam.

-Kevin meus pais já chegaram?-perguntei a ele.

-Ainda não o avião chegara a alguns minutos-O som da ligação estava péssimo mas eu ainda ouvia claramente a sua voz,pude perceber a reação de Cody e Asheley quando disse o nome de Kevin.

-Está certo...já que você não vira..eu poderia sair um pouco com os meus amigos?-eu odiava pedir a ele permissão para tudo.

-Você sabe que é perigoso,tanto para você como para eles não sabe?-Eu já esperava por essa pergunta mais eu poderia me cuidar sozinha e teria que provar isso.

-Sim,mas não se preocupe nada acontecerá é só uma volta,deixa?-perguntei a ele enquanto Cody e Asheley pulavam em minha frente de ansiedade.

-Sim,eu confio em você,não me decepcione e volte cedo para casa ,pegue um taxi-Esse era um dos motivos para que as vezes achava que Kevin realmente havia passado muito tempo com os meus pais,ele estava igual eles. Agora eu sabia o que aconteceria quando você convive muito tempo com alguém.

-Ok,tudo bem então,obrigada e xau-Disse desligando o telefone e o guardando dentro da bolso,Asheley não esperou.

-E Então o que ele disse?-Me falou assim que eu desliguei,fiz uma cara de desanimada para engana-los.

-Eu sabia-Disse Cody desanimado.

-Eu vou sim-Os dois se iluminaram de felicidade como se o sol estivesse lá,a não ser pelas densas e enormes nuvens que ameaçavam uma chuva.

-Que bom-Respondeu ele me dando um abraço.

-Sim agora vamos?-Ao dizer isso Asheley sai andando em direção ao Shopping que ficava poucos quarteirões dali.

-Sim ,eu tenho que voltar cedo-Sorri a eles e os segui.

Continua....

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Capitulo II

Uma Nova Escolha

No dia seguinte acordei com a mesma brisa fria que sentira a noite passada,dei uma leve olhada nas horas e percebi que tinha algum tempo antes de ir para a escola,se eu pudesse ao menos inventar uma desculpa para ficar em casa...mas eu sabia o que era certo e isso não era,fixei por um momento o teto do meu quarto assim como fizera por alguns instantes na noite passada,e percebi que assim como antes estava cansada de ficar deitada,estava tediosa e isso não era apenas por estar,a decisão ainda me corroía e eu não sabia o que fazer,se eu deveria contar ou carregar isto comigo.

Não aquentava mais me torturar sob os meus pensamento,levanto me tentando apenas não pensar,coloco uma roupa,como sempre uma calça jeans e dessa vez uma blusa azul escura,coloquei a blusa de frio indo para a varanda e olhei o céu nublado por alguns momentos sem rumo,totalmente sem direção,talvez eu tentasse nesse momento achar o verdadeiro significado de tudo,é eu não tinha escolhas para mudar de futuro e nem de destino mas eu tinha duas opções.

Tornar todas as coisas mais difíceis e brigar comigo até os últimos dias de minha vida ou aceitar tudo e fazer com que isso virasse uma aventura boa ou ruim eu apenas sabia que isso tudo dependia de apenas de mim,fiquei ali por intermináveis minutos enquanto esperava as horas passarem lentamente diante dos meus olhos,minha cabeça havia começado a latejar de dor,não era muito forte mais eu sabia o que tinha resultado aquilo,ainda pensava no que fazer enquanto desamarrava o meu cabelo,o vento o balançava quando o soltei,não queria nem olhar no espelho para ver o estrago que havia acontecido,a hora de ir para escola estava quase chegando,me arrumei prendendo o meu cabelo em um alto rabo de cavalo,sai do quarto como se estivesse acabado de acordar e já estava pronta para tomar o café da manhã e sair sem olhar mais nada.

A mesa como sempre estava posta eu apenas sentei e comecei a comer logo para que eu não me atrasasse, bebi um pouco de suco e comi alguns biscoitos,quando vi Lya de manhã,ela estava como sempre exibindo o sorriso no rosto.

-Bom dia,melhor terminar com isso se não irá se atrasar para a escola-Sorri a ela terminando e me levantando da mesa,os materiais já estavam nas mão de Kevin quando ele adentrou sorrindo como Lya muito feliz.

-Bom dia aos dois.

-Então vamos para a aula?-Eu fiz uma careta a ele e os dois riram.

-Não tenho outra opção,até mais tarde Lya-sai para fora em direção a Mercedes que já estava na porta,estava um pouco longe mas pude escutar Lya claramente me desejando um bom dia de aula,o que eu achava impossível naquele momento.

Kevin já se dirigia ao carro colocando meus materiais no banco do seu lado,eu estava atrás olhando pelos vidros escuros da Mercedes enquanto ele a ligava e se dirigia a minha escola,ele me olhou pelo retrovisor.

-Seus pais ligaram hoje de manhã,eles chegaram aqui a tarde-Começou ele

-Que ótimo-respondi sem muito entusiasmo.

-Parece cansada,não dormiu bem a noite passada?-Ele continuo depois de alguns minutos de silêncio.

-Dormi bem apenas não consegui descansar-Mesmo que Kevin fosse meu amigo se contasse algo do tipo ia me internar em um hospício ou talvez não,mas não queria arriscar,preferia guardar aquilo pra mim mesma até que eu tivesse certeza que poderia contar,e eu sabia que as pessoas que eu deveria conversar seria meus pais em primeiro lugar.

Sem perceber Kevin havia estacionado a Mercedes na frente da escola como sempre,apenas sai do carro e lancei um sorriso a ele enquanto passava o material para mim.

-Até mas-disse quando sai do carro,na porta da escola já era visível Cody e Asheley que esperavam ali por mim.

A amizade dos dois era algo ótimo para mim,eu gostava deles e se não fosse por Cody eu não teria conseguido continuar naquela escola,ele tinha quase um metro e oitenta apenas dez centímetros que eu que tinha um metro e setenta,ele tinha os cabelos loiros claros arrepiados e arrumados,os olhos castanhos quase pretos,era magro,sem dúvidas o garoto bonito que alguém já quis ter alguma vez,mas eu não ligava para isso,sabia que Asheley era apaixonada por ele mais tinha uma súbita vergonha de lhe falar,isso vem desde de que tínhamos treze anos,eu não seria má ou ruim o bastante para ousar pensar nele como algo mais,eu gostava de Asheley e respeitava ela,as vezes apenas pensava que nunca poderia me apaixonar por alguém,e com o passar dos anos estava notando que isso era verdade,nunca poderia me apaixonar por alguém,mesmo se eu quisesse.

Asheley Era a menos de nós apenas por centímetros,tinha um metro e sessenta e seis,os cabelos estavam soltos,no sol ele se tornava um loiro mas não passava de um castanho claro,seu cabelo era quase do mesmo tamanho do meu apenas um pouco menor,os olhos levavam o tom esverdeado que alguns momentos recebia uma pontada mínima de inveja,mas sabia que mesmo que eles fossem bonitos não ligavam pra isso assim como eu,apenas tentávamos seguir a vida.

Ele vestia uma blusa de frio jeans e calças jeans no mesmo tom,uma camiseta preta por baixo e Asheley uma calça jeans,com uma blusa de frio azul claro que a distancia parecia quase o mesmo tom de cinza da blusa que eu usava,caminhava em direção a eles sorrindo simpaticamente como sempre e eles fizeram o mesmo,queria parar um pouco estava faltando cinco minutos para a aula,mas a chuva atrapalhou quando caiu devagar até molhar todo o chão,ainda sem dizer uma palavra corremos para dentro do colégio,olhei a chuva ainda carregando os cadernos com as matérias agora perto da cobertura do refeitório onde não chovia.

-Você não gosta mesmo de chuva ?-Perguntou ele dando risada do que ele estava percebendo pelo simples modo de olhar.

-Não gostava mas nada que eu me acostumei-Olhava ele esperando para ver sua reação mas o sinal nos interrompeu.

-vamos logo-Asheley murmurou baixo e a seguimos,a escola não era muito grande,existia melhores porém ela uma das escolhas particulares conceituadas com o melhores ensinos da cidade,mesmo assim ela possuía poucos alunos.

Os pais de Asheley também eram empresários e Cody era um aluno bolsista,isso explicava tamanha inteligência e comprometimento com os deveres,sabia que ele deveria ser mais inteligente que eu Asheley juntas,com o simples fato que ele tinha uma rapidez que deixaria qualquer um abobalhado ao ver ele nas aula de matemática.

Nós nos dirigimos em silencio até a sala 2 que ficava no segundo andar da escola,entramos na sala quando percebi que ainda tínhamos uns minutos antes que o professor chegasse e estragasse tudo ,como sempre eu sentava perto da janela que dava claramente para observar o pátio da escola e um pedaço da rua,onde poucos carros passavam esta hora,Cody sentava a minha frente na primeira carteira da minha fileira e Asheley atrás de mim,o que fazia nossa aula ficar menos tedioso porque quando os professores reclamavam do barulho das conversa nós usa vamos papéis,era um meio de comunicação discreto e perfeito,discreto por que apenas quem notava isso era os alunos que sentavam perto de nós,mas eu tinha certeza que eles nós achavam estranhos demais e perfeito por que era possível comentar qualquer assunto sem medo que ninguém ouvisse,é claro que depois que escrevíamos os rasgávamos em pedacinhos para que ficasse impossível alguém reconstruir a conversa,nem ao menos saber do que escrevíamos.

Eu estava encostada na parede sentada no meu lugar conversando com Asheley e Cody até que o professor entra a sala,o Sr. Thomas Brandon,eu não podia negar que ele sabia explicar a matéria e era dentre todas a que eu mais amava...Literatura,ele era alto,devia ter 38 anos,os cabelos eram não muito compridos em um castanho escuro quase pretos assim como os olhos negros como a noite,a pela em um tom mais bronzeado,mas não totalmente.

Como todos os dias ele esboçava o sorriso de felicidade e ficava a me perguntar se ele realmente amava dar aulas ou como ele conseguia ficar tão feliz assim por isso,por mais que achasse ele legal e gostasse de literatura aquilo tudo era entediante,estávamos estudando os clássicos da literatura,clássicos que eu tinha em casa em minha coleção e eu amava e sabia muito bem,se havia uma matéria que eu precisasse estudar definitivamente não era essa,ele colocou os livros que sempre carregava com ele em cima da mesa dos professores,enquanto eu analisava a sala ele pegava sua apostila para continuar o que ele explicava aula passada,apenas sabia disso,por que não me dava o trabalho de pegar o caderno ou a apostila,todos os meus professores não me cobravam isso,apenas um deles exigia que eu anotasse e acompanhasse tudo e era a minha pior matéria.

Ela era a Sra. Kimberly Hole professora da matéria que eu mais odiava,matemática,agora ela estava ensinando a parte de trigonometria,como se alguém daquela sala que não fosse seguia áreas que pediam este tipo de matéria usariam isso algum dia,e eu já sabia a resposta,nada daquilo seria útil,ela já estava quase se aposentando e escutar mesmo que fosse a voz já me irritava profundamente.

Havia se passado poucos minutos desde o começo da aula,olhei pela janela,o tempo fechado com nuvens carregadas e escuras enquanto a chuva fina caia molhando o chão,pequei uma folha de papel em branco e comecei a rabiscar sem intuito de fazer algo,apenas para passar o tempo da aula que mesmo legal era tedioso pra mim,meus olhos estavam pesados por razões de não conseguir me concentrar em meu sono na noite passada,por um momento senti os olhos de alguém focados em mim,esperei um momento e olhei pelo canto dos olhos quem era,ninguém perceberia que eu estava prestando a tenção nisso.

Continuava a rabiscar fingindo total atenção no que eu desenhava,até que eu percebi quem era, era Megan Conor, uma aluna da minha classe que nutria um ódio profundo por mim desde do primeiro dia de aula,a ruiva de olhos amendoados,seu cabelo era liso mas era evidente que ela o pintava para ficar em um tom fogo,pena que agora estava desbotando e mesmo que não quisesse eu podia escutar os sussurros que criticam o seu cabelo mal pintado,eu fingia não ouvir,mas o por que que ela me odiava,eu tinha minhas teorias sobre isso,ou podia dizer certeza.


Continua.....

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

No Brilho de Um Luar

Continuação do Capitulo I ²

Estava tanto tempo sem dormir que seria bom eu beber algo,estava com muita sede,tinha muita preguiça de ir até a cozinha,mas a sede estava vencendo neste momento,e como eu havia percebido que estava com insónia passear um pouco seria bom,se pensar mais vesti um hobby,e coloquei os chinelos,abri a porta esperando que um milagre acontecesse e um copo d água se materializasse na minha escrivaninha,algo que eu tinha certeza que não iria ocorrer
.
Kevin e Lya deveriam estar dormindo e eu não iria incomoda-los esta hora,pelas minha contas deveria ser cerca de duas horas ou mais,a casa toda estava escura,assim que o meu pai chegasse iria pedir que instalasse acendedores de luzes com sensores de movimento,não sabia como um lugar daquele tamanho ainda não tinha esse tipo de tecnologia,isso não faria nem diferença na conta do banco do meu pai,e como eu sabia disso,em qualquer momento pediria um cartão de créditos apenas para melhorar esse lugar,parecia mais um castelo antigo de filme de terror,isso me fazia rir em silencio comigo mesmo enquanto eu caminhava a cozinha ainda nos corredores do segundo andar.


Desci as escadas sem entusiasmos algum,indo para a cozinha e passando pelo sala de jantar,fui a geladeira como sempre com passo leves,e movimentos rápidos,pego a água da geladeira,gostava desse novo tipo de geladeira por que não precisava abri-la para pegar a água,coloquei o copo na porta e depois de estar quase cheio bebi quase tudo de uma vez só,o que aumentou a dor de cabeça por causa do gelo que ela e se encontrava.

Descansei o copo sobre a pia e fiquei lá por alguns segundos,mas algo me chamou a atenção,escutei um ruído vindo do segundo andar,claro se uma pessoa como Kevin ou Lya estivessem aqui nada escutariam,as vezes queria ser como eles,não precisariam passar pelo que me esperava,suspirei,e sai da cozinha ainda sem fazer barulho algum.

Subi as escadas lentamente dizendo pra mim mesma é apenas fazer o que eu já fiz no treinamento,respirava pouco,de um jeito totalmente silencioso e tentava deixar meu coração com batimentos regulares e calmos,ao chegar ao topo da escadas,fechei os olhos por alguns instantes para escutar com mais clareza o barulho e ele ainda continuava lá com o mesmo barulho,como se procurasse algo,sabia que eles não viriam aqui se tivessem a certeza que meus pais estivessem em casa,e sabia como qualquer outro da nossa família que para eles burlar todos os alarmes de segurança era extremamente fácil.

Andava silenciosamente sem emitir nenhum barulho,assim como eu havia aprendido,virei as escadas,tinha quase certeza absoluta de que o ruído vinda do quarto dos meus pais,e esperava encontrar qualquer coisa lá,andava querendo acreditar que estava enganada sobre o barulho,mas a minha audição era coisa que nunca falhava,isso me deixava mais nervosa,eu sabia que tinha que ficar calma,senão o pulsar do meu coração me condenaria mais cedo ou mais tarde,então teria que estar calma.

A medida que eu me aproximava da porta do quarto em passo lentos e silenciosos os ruídos se amenizavam,pude perceber que se alguém realmente estivesse ali,estava procurando por algo,poderia ser um ladrão,que assim como vários procurava dinheiro e jóias,outra ideia absurda,ninguém normal passaria os alarmes,e isso me deixava mais temerosa do que devia,cheguei até a porta e sem hesitar a abri em um só movimento e era o que eu imaginava...eu já esperava isso.

Na pouca luz do quarto que era ocasionado pela luz da lua que batia na varanda dos quartos do meu pai era possível ver uma figura,os meus olhos já estavam acostumados com a escuridão da noite,era outra coisa que eu havia aprendido durante o treinamento,já fazia 10 anos que eu treinava a espera deste momento,os olhos vermelhos da criatura estavam focados o meu,sem esperar mais pequei a espada que ficava no quarto dos meus pais,pronto para mata-lo.

Aqueles olhos me fizeram lembrar na primeira vez que eu os encarei,como se me perseguissem pela escuridão insolúvel da noite,qualquer um que tivesse a mesma visão que eu mas não o mesmo conhecimento se deixaria iludir pelo encantos da bela criatura humana e perfeita,capaz de seduzir qualquer um apenas com um simples olhar,mas isso não me afetaria,não agora,não deste modo,mal sabia eu o que me aguardava,queria poder prever o futuro mais este era um poder que eu também não tinha.

Havia se passado apenas segundos desde que eu havia aberto a porta,se eu falhasse agora uma certeza eu tinha,não sobreviveria para contar o que realmente havia acontecido,meus pais me vingaria mas ai estava o problema,eu era nova demais para morrer aqui,e eu sabia que podia vence-lo mesmo com todas as qualidades que ele possuía,fiquei parada ali o encarando,logo os seus extintos falariam mais alto e ele avançaria para me matar,eu esperaria paciente a hora certa de faze-lo por que um erro agora valeria minha vida.

E eu estava certa,não demorou muito para que ele avançasse para mim ansiando minha morte,eu já estava com a espada empunhada na minha mão direita,ao ver de todos uma espada normal nunca o feriria,mas ela estava longe de ser algo normal assim como eu,dando um passo rapidamente atrás com a mesma velocidade que ele,vi que agora era o momento oportuno,era a minha vez de acabar com tudo.

Atravessei a espada na altura da cintura dele,ao ver de qualquer um não teria feito nenhum estrago, sequer encostado,ele se afastou e me olhou agora com os olhos divertidos mas que ainda brilhavam o intenso vermelho,ele sorria maliciosamente a mim como se perguntasse como eu preferia morrer,pelo menos ele achava ter esperanças,o que eu sabia que isso já era o fim

-Só isso que sabe fazer?-ele me pergunto ainda se divertindo

-Infelizmente sim-Eu sorri a ele sabendo que era a última coisa que ele veria,e logo depois ele caiu ao chão ao perceber só agora que eu não havia errado assim como ele pensava,ele olhou apenas mais uma vez em meus olhos,e desapareceu,tinha várias teorias para isso,ele poderia ter fugido mesmo ferido como estava,afinal nunca tinha visto um deles morrer,o problema é que se ele tivesse fugido poderia querer vingança e voltar atrás de mim,mas eu realmente não me importava com isso,por que estaria preparada caso isso acontecesse.

A porta que dava para a varanda estava aberta e eu corri em direção a ela ainda segurando a espada,as armas que meus pais usavam eram diferentes e únicas,e eu sabia que era apenas esse tipo de coisa que os afetavam tanto,eu não conseguia imaginar que o meu futuro se resumia eu perseguir e matar,sabia que isso não era uma salvação absoluta,mas pelo menos ajudava.

Me permiti olhar novamente o céu e o Big ben agora marcava três horas,as horas corriam significavelmente,e quando percebi que aquela criatura não voltaria mais eu apenas voltei para o quarto olhando por um último instante todo lugar,tive o trabalho de recolocar a espada no lugar onde havia pegado,exatamente como estava por que se não estaria em encrencas,ainda pensava na idéia de ficar em silencio sobre o que eu tinha visto,desde de pequena eu sabia que estava sendo treinada,sabia que o havia muitas coisas e que algumas delas,que vagavam o mundo ,um dia eu teria que enfrentar,queria poder desistir,mas a razão era que eu nunca tive escolha.

Sai um pouco perturbada do quarto,agora não sabia o que realmente eu iria fazer,mas sem pensar duas vezes fui para meu quarto,era o melhor a fazer agora,andava olhando fixamente os meus pés,sabia que teria que colocar uma ordem em tudo e tinha uma decisão a tomar,o meu problema,eu era péssima em tomar decisões,eu não queria pensar nisso agora,e para não pensar talvez deveria me ocupar com outra coisa que deixasse minha mente ocupada o bastante para não pensar em nada que havia acontecido ali,nada que havia acontecido hoje.

Cheguei em meu quarto e finalmente percebi que estava cansada o bastante para dormir agora,então sem hesitar apenas tirei o hobby e o taquei em um canto do quarto,pulei na cama e me cobri,a porta da varanda ainda estava aperta e entrava um vento gelado que balançava as cortinas e chegavam a me arrepiar,estava cansada demais,ocupada demais tentando esquecer ,tentando não pensar para me levantar e fecha-la,então apenas deixei que o vento batesse em meu rosto,eu me encolhia sob as cobertas a medida que o vento frio tomava conta de todo o quarto,e foi em um momento desse que sem perceber acabei adormecendo.